terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Angelo Agostini

angelo agostini foto antiga

Foi um dos primeiros cartunistas brasileiros, o mais importante artista gráfico do Segundo ReinadoSua carreira teve início quando estouravam os primeiros combates da Guerra do Paraguai (1864) e prolongou-se por mais de quarenta anos. Em seus últimos trabalhos, testemunhou a queda do Império e a consolidação da República oligárquica.


Nascido na cidade de Vercelli na Itália, no dia 8 de abril de 1843, Angelo Agostini viveu sua infância e adolescência em Paris, e em 1859, com dezesseis anos, foi para São Paulo com a sua mãe, a cantora lírica Raquel Agostini.





 


Em 1864 deu início à carreira de cartunista, quando fundou o Diabo Coxo, o primeiro jornal ilustrado publicado em São Paulo, e que contava com textos do poeta abolicionista Luís Gama. Esta publicação, apesar de ter obtido repercussão, durou pouco, sendo fechada em 1865.


O artista lançou, no ano seguinte (1866) O Cabrião, cuja sede chegou a ser depredada, devido aos constantes ataques de Agostini ao clero e às elites escravocratas paulistas, e mais uma vez a publicação não vingou, falindo em 1867.


O Brasil, terra de Santa Cruz
E uma cruz cada vez mais pesada!

O artista mudou-se para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu desenvolvendo intensa atividade em favor da abolição da escravatura, pelo que realizava diversas representações satíricas de D. Pedro II


Caricatura de D. Pedro II


Neste período colaborou, tanto com desenhos quanto com textos, para os periódicos O Mosquito e Vida Fluminense. Em 30 de Janeiro de 1869, Agostini publicou em Vida Fluminense os desenhos de Nhô-Quim, ou Impressões de uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo.





Impressões de uma viagem à Corte

Em 1 de janeiro de 1876, fundou a Revista Illustrada, um marco editorial no país à época. Nela criou o personagem Zé Caipora(1883), que foi retomado em O Malho e, posteriormente, na Don Quixote. Este foi republicado, em fascículos, em 1886, o que, para alguns autores, foi a primeira revista de quadrinhos com um personagem fixo a ser lançada no Brasil.



Quadrinhos de Zé Caipora

Uma vida conturbada

No Rio de Janeiro o artista, já casado, se envolveu em escândalos ao se tornar amante de sua aluna, Abigail de Andrade, natural de Vassouras, no Rio de Janeiro.

Abigail foi uma artista promissora, única mulher a receber uma medalha de ouro por trabalhos expostos no Salão Imperial de 1884, recebeu elogios por parte dos críticos da época.

O relacionamento amoroso, a gravidez e o nascimento em 1888 da filha do casal, Angelina, causaram um grande escândalo na cidade e os obrigaram a partir para Paris em outubro daquele ano.

Na França um novo drama envolveu Agostini: em 1890 o segundo filho do casal, Angelo morreu ainda bebê e Abigail também veio a falecer. Agostini retornou então ao Rio de Janeiro com a filha, que mais tarde se tornaria pintora.

Em sua volta ao Brasil, Agostini fundou a revista Don Quixote (1895-1906) e trabalhou na revista O Tico Tico, retomando o personagem Zé Caipora, que teria suas história publicadas até dezembro de 1906. Trabalhou ainda em O Malho e na Gazeta de Notícias, entre outros.
File:Aagostini donquixote 01.jpg


Seu nome serviu de inspiração ao Prêmio Angelo Agostini, concedido anualmente pela Associação de Quadrinistas e Caricaturistas de São Paulo aos melhores do ramo e para a criação do Dia do Quadrinho Nacional, comemorado em 30 de janeiro, data de seu falecimento em 1910 no Rio de Janeiro.

Cartaz 27º Prêmio Angelo Agostini

Fonte: Wikipédia

Até mais!


2 comentários:

  1. e muito interresante essas fotos

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  2. que paia,eu quero é sobre a aboliçao da escravidao. seis nao tem nada pra fazer nao??

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