segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O poder do desenho

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Fonte imagem: Squeaky Pics

Querendo ou não, nossa vida nos leva a tomar constantes decisões nas quais acabamos deixando de lado as emoções, intuição, criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes e de ver o mundo sob um olhar diferente. Tal atitude deve-se ao fato de que fomos condicionados, assim como a maioria das pessoas, a pensar e agir com base num raciocínio lógico, linear e seqüencial.

Utilizamos mais o hemisfério esquerdo do cérebro, o qual é considerado o racional, enquanto deixamos o hemisfério direito, emocional, atrofiar, fazendo-nos perder ou pouco usufruir dos benefícios contidos nele, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global, facilidade de memorização, dentre outras habilidades.

O desenho é a primeira representação gráfica utilizada pelas crianças. Desenhar é um ato inteligente de representação que põe forma e sentido ao pensamento e ao conteúdo que foi assimilado. O desenho é ferramenta essencial do processo de desenvolvimento da criança e não deve ser entendido como uma atividade complementar, ou de divertimento, mas como uma atividade funcional.

Ao desenhar recorre-se ao lado direito, que processa informações de uma forma diferente e é quase sempre obscuro e pouco utilizado. O desenho leva ao raciocínio criativo e intuitivo. A maneira tradicional pela qual a escola trabalha não estimula suficientemente a visão espacial dos alunos, pois tem privilegiado o desenvolvimento dos atributos do hemisfério esquerdo: a lógica, a racionalidade, a abstração, o simbolismo, o que implica em dificuldades na aprendizagem de determinados conteúdos que necessitem das habilidades do hemisfério direito.


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Fonte imagem: Samira Daher


Partindo deste pressuposto foi realizada uma atividade com alunos de 1° e2° séries do Ensino Fundamental de um colégio estadual de Curitiba

Foi escolhida previamente uma história infantil, no caso da atividade realizada foi escolhida a história do Saci-Pererê

A narrativa da história foi gravada e para ouvi-la os alunos se acomodaram na sala com as luzes apagadas, no chão ou em suas carteiras, da forma que lhes fosse mais confortável. Após ouvir a história, foi realizada uma conversa sobre a mesma, procurando ressaltar sobre o que entenderam, o que mais gostaram ou o que aprenderam sobre o que ouviram.

Em seguida os alunos foram levados a um pequeno bosque da escola e, sentando-se onde acharam melhor, foi proposta a atividade de desenhar algo da história, utilizando para isso folhas de papel sulfite e lápis colorido. O referido desenho deveria conter elementos observados no bosque e elementos da história imaginados ali, de acordo com a criatividade de cada um. Para que a atividade fosse desenvolvida com calma, foi escolhida uma música de relaxamento para os alunos ouvirem, pensando num momento mais tranqüilo e com maior concentração.

os alunos realizaram a tarefa e pôde-se observar a criatividade e a facilidade que a grande maioria das crianças nessa idade têm em se expressar através do desenho à mão livre. Detalhes pouco percebidos na história foram representados através do desenho por alguns e é interessante ressaltar que surgiram diferentes tipos de percepções do que foi ouvido. Dois alunos elaboraram uma espécie de história em quadrinhos, obedecendo à ordem específica dos acontecimentos narrados, bem como integrando os dois ambientes: o real e o imaginário. Pode-se dizer que a música ajudou nessa concentração e até mesmo na criatividade.

O método desenvolvido por Betty Edwards, artista plástica, doutora em artes e professora de desenho da Universidade Estadual da Califórnia, utiliza técnicas que estimulam a utilização do hemisfério direito, normalmente adormecido na maioria das pessoas, provocando um desbloqueio da "veia artística", abrindo um campo de amplas possibilidades.

De acordo com Edwards (2005), o processo de desenhar está interligado com a capacidade de “ver” (percepção). E este está relacionado ao desenvolvimento das cinco habilidades básicas necessárias à capacidade de percepção: desenho de meros contornos (percepção de arestas); espaços negativos e formas positivas (percepção dos espaços); proporção e perspectiva (percepção dos relacionamentos); luzes e sombras (volumes) e o gestalt (que é a percepção do todo ou sistema de leitura visual da forma). A última habilidade não é ensinada nem apreendida, ela parece simplesmente surgir como resultado da aquisição das outras quatro.

Há a necessidade também de se ter consciência das habilidades básicas adicionais necessárias ao desenho criativo e expressivo: desenho de memória, o desenho a partir da imaginação e naturalmente as técnicas de desenho.

De acordo com Edwards (2005): “... Quase ninguém percebe que muitos adultos desenham como crianças e que muitas crianças desistem de desenhar aos nove ou dez anos de idade. Ao crescerem, essas crianças tornam-se os adultos que dizem que jamais souberam desenhar e que são incapazes de traçar uma linha reta.” Isto porque, é em torno dos dez anos de idade que se completa a Laterização, que é a consolidação de funções específicas num hemisfério ou no outro, que se processa gradualmente durante a infância, paralela à aquisição de aptidões lingüísticas e com o período do conflito infantil (quando o sistema de símbolos parecem se sobrepor às percepções e interferir com desenhos exatos deles).

Aprender a desenhar é algo mais que aprender a habilidade em si mesma, ou apenas representar o que se vê, mas da forma com que se vê e os sentimentos que podem ser expressos. Isto é um ato de liberdade, que é preciso incentivar nas crianças, para que cresçam desenhando, e não percam este incentivo à criatividade. 



Até mais!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Os incríveis peixes de Riusuke Fukahori

Quem nunca teve um peixinho dourado? O primeiro animal de estimação de muitos na infância é a inspiração do japonês Riusuke Fukahori para criar sua arte.

Ao olhar as imagens, pensa-se:
-Oh! Que lindas fotos de peixinhos dourados.

Em sua exposição de estréia em Londres, Fukahori mostra que todos nós estavamos enganados. Intitulada como A Salvação dos Peixinhos Dourados (Goldfish Salvation), a obra e o artista nos surpreendem com a descoberta de que a imagem não é uma fotografia, mas sim uma complexa pintura.


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Com uma mistura de tinta acrílica em diversas camadas, resina e muita paciência, o japa cria figuras tridimensionais que parecem estar saindo do lago do seu restaurante japonês preferido.

Assistam ao vídeo no fim do post e confirmem com seus próprios olhos:


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Assista o vídeo :


Fonte: zupi.com.br

Até mais!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ilustra Brasil 8! - Palestra e oficina com Cárcamo

ilustraBrasil!8  – um dos maiores fóruns de discussão sobre o desenho publicado em nosso país – celebra a expansão da ilustração brasileira. A programação inclui diversas oficinas, palestras, mesas, apresentação de portfólios, contação de histórias e outras atividades, todas gratuitas.

Uma das atrações do evento é o ilustrador Cárcamo, aquarelista chileno que colabora com algumas das principais publicações do país.


 

 

 

Palestra
Gonzalo Cárcamo | Portfolio
20 de janeiro de 2012  / Sexta-feira - das15h às 17h

Oficina
Gonzalo Cárcamo | Aquarela (Externo)
21 de janeiro de 2012  / Sábado - das15h às 17h
Acontece na Casa dos Artistas - Alameda Itú, 1012


OS INTERESSADOS PODEM PARTICIPAR DE UMA OU MAIS OFICINAS GRATUITAS.

BASTA ENVIAR UMA MENSAGEM PARA O EMAIL secretaria@sib.org.br, ESPECIFICANDO SEU INTERESSE E GARANTINDO SUA(S) VAGA(S)



Até mais!

De ponto em ponto.

O artista e designer Miguel Endara fez um retrato do seu pai usando a técnica de pontilhismo e apenas uma caneta, depois de 210 horas foram aproximadamente 3,2 milhões de pontos.





No site dele você pode dar zoom e ver a imagem bem de perto, além de poder reservar uma cópia se quiser.


Outro mérito além do desenho em si, foi a sacada de ter registrado o processo e feito uma edição do vídeo bem feita, que já alcançou a marca de 5 milhões de views.


Fonte: ideafixa.com

Até mais!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Arte em lápis

A criatividade não tem limites na utilização de materiais para fazer arte. Conheça alguns artistas que fazem diferentes tipos de trabalho usando o mesmo material, o lápis, só que não do modo convencional:

Invertendo a posição de instrumento para tela, o artista australiano, Ghostpatrol raspa um lado do lápis para desenhar sobre ele. Juntando vários lápis, o grupo do que antes era somente uma ferramenta torna-se a tela. 

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Na linha de Ghostpatrol, o lápis sai do papel de “fazer a arte” para “ser a arte”. Assim, o artista David Poppie reúne estes e outros objetos do cotidiano para montar suas peças, sem deixar de lado a mistura de cores.



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Ainda usando o lápis como matéria prima, Kyle Bean utiliza as raspas que iriam do apontador para o lixo para construir retratos bem legais.

Primeiro o inglês desenha o rosto da pessoa, depois aponta o lápis até possuir raspas suficientes e, com uma pinça, vai construindo os retratos. Kyle é conhecido pelos seus projetos bem divertidos nos quais utiliza objetos que encontra por aí, sucatas e artesanato.





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Adaptado de: zupi.com.br


Até mais!