sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Luan, o cometinha


"'Luan, o cometinha' teve seu primeiro roteiro escrito em 1996. A ideia original era explicar de uma maneira divertida porque vemos a lua em 4 fases distintas. Quando a lua está “nova” e não a vemos, achamos que seria interessante se ela fosse passear pelo universo, e depois voltasse, para contar à sua amiga Terra tudo que havia visto.


Com uma iniciativa do estúdio de desenhos animados "Animar Estúdio" e com incentivo da empresa Harald através do ProAC (Programa de Cultura do estado de São Paulo), viabilizamos o primeiro episódio da série. Agora estamos correndo atrás de viabilizar mais projetos e episódios!"








Acesse o site: Luan, o cometinha


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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Andy Warhol TV

Depois do grande sucesso em Paris e Lisboa, a mostra chega ao "Oi Futuro" reunindo a importante e poucoconhecida obra do artista pop americano feita para a televisão. Andy Warhol experimentou vários meiosde expressão artística, explorando áreas tão diversas quanto o cinema, a fotografia, a pintura, a música e o vídeo. Entretanto, sua relação com a TV foi marcante: fez inúmeros filmes, realizou programas paracanais a cabo, entrevistou personalidades e produziu videoclipes. Todos os filmes e vídeos inéditos no país são do acervo do Museu Andy Warhol, em Pittsburgh, EUA.

CuriosidadeAndy Warhol’s TV foi transmitido nos EUA pelo canal a cabo New Yorker de1979 a 1987 – e o último episódio foi o funeral do próprio artista plástico, em NY 


De 2 de fevereiro a 3 de abril  | Todos os níveis

De terça a domingo, das 11h às 20h

Entrada franca | Classificação etária: Livre


Oi Futuro
Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo - RJ
Informações: 031 (21) 3131.3060




Fonte: Oi Futuro.

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Projeto Sábados da Memória das Artes Gráficas

O Projeto Sábados da Memória das Artes Gráficas Biblioteca de São Paulo é uma iniciativa inédita de resgate da memória dos artistas gráficos brasileiros.
Todo sábado no auditório da Biblioteca de São Paulo, um renomado artista gráfico prestará um depoimento sobre sua vida, sua obra e sua técnica para o público presente. Este depoimento será gravado e transcrito, gerando cadernos biográficos que serão vendidos a preço de custo na Biblioteca, e  disponível ao público em geral.
Esta homenagem não para por aí, após a sessão de depoimento o homenageado deixará a marca de sua mão em uma lajota de concreto, que será aplicada num totem da fama dentro da Biblioteca.
Em pouco tempo o Brasil terá um abrangente histórico dessa importante arte, que pouco foi preservada. Seus protagonistas serão os artistas e todos aqueles que de alguma forma colaboraram pro crescimento dessa arte no Brasil.
Já foram homenageados no Sábados da Memória das Artes Gráficas na Biblioteca de São Paulo: Zélio, Zalla, Jal, Sonia Luyten, Luis Gê, Fernando Coelho, Laerte, Jô Oliveira, Elifas Andreatto, Mauricio de Sousa, Spacca, Nani, Angeli, Franco de Rosa, Benício, Marcelo Campos, Xalberto, Mutarelli, Toninho Mendes, Loredano, Ziraldo, Guto Lacaz, Primaggio, Orlando Pedroso, Alcy, Douglas e Mauro, Chico e Paulo Caruso, Waldomiro Vergueiro, Bione e Getulio Delphim, Renato Canini, Claudio Rocha, Solda, Geandré, Jayme Leão, Fausto, Morettini e Baptistão.
Certamente Sábados da Memória das Artes Gráficas será um presente para a atual e futuras gerações.
O próximo convidado a participar do Projeto Sábados da Memória das Artes Gráficas para a gravação de depoimento é o renomado caricaturista paulista Baptistão.
Eduardo Baptistão é considerado um dos mais talentosos artistas de sua geração, e tem trabalhos publicados em vários jornais do Brasil. Obteve reconhecimento em diversas premiações, como no Salão Internacional de Humor de Piracicaba, Salão Internacional de Desenho para Imprensa de Porto Alegre, Salão Internacional de Humor do Piauí, 7th Tehran International Cartoon Biennial (Irã), World Press Cartoon (Portugal), entre outros. E na sua trajetória acumula três troféus HQMIX na categoria Melhor Caricaturista (2001, 2004 e 2005).
A gravação acontecerá no próximo sábado, dia 29 de janeiro na Biblioteca de São Paulo, a partir das 14h, com mediação de Marcelo Alencar.

Sábado da Memória das Artes Gráficas
Biblioteca de São Paulo
Parque da Juventude
Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – Santana – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2089-0800

Fonte: impulsohq
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PIXEL SHOW

"O Pixel Show é o primeiro evento brasileiro focado em criatividade: fotografia, ilustração, artes visuais, graffiti, moda, cinema, games, e também tecnologia. A conferência é organizada anualmente pela editora Zupi e marca uma trajetória de sucesso no Brasil, crescendo desde outubro de 2005.

Além das edições do Pixel Show São Paulo, em 2009 foi realizada a edição do PS em Salvador, para cerca de 1300 pessoas. E em abril de 2010 foi organizada a primeira edição do Pixel Show em Porto Alegre, um sucesso de público com mais de 6000 pessoas.

Em um circuito de palestras que apresenta cases e portfolios de renomados artistas brasileiros e internacionais, o Pixel Show visa discutir temas atuais sobre a arte moderna e o mercado de trabalho, inspirando e motivando jovens (e experientes) profissionais.
Paralelo às palestras, a Zupi oferece um espaço gratuito e aberto ao público com uma feira focada em ARTE, DESIGN, TECNOLOGIA E MODA, na qual empresas ligadas ao segmento artístico e tecnológico, ou mesmo outras vertentes, poderão apresentar seus serviços e produtos. Além disso, disponibiliza espaços para a realização do festival de animação e motion, exposições e painel para intervenção do público presente e de artistas convidados. 

Aguardamos sua presença em 2011! Confira os palestrantes desse ano, fotos e vídeos dos últimos cinco anos e faça já sua inscrição. "





CONFERÊNCIA DE CRIATIVIDADE PIXEL SHOW


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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O MUNDO MÁGICO DE ESCHER

Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de Junho de 1898 - Hilversum, 27 de Março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.



Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com impressionantes efeitos deilusões de óptica, com Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que haviam neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais impressionantes e famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da suareligião muçulmana, que proíbe tais representações.

A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional.


Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos.
...




O MUNDO MÁGICO DE ESCHER - A exposição inclui dez instalações que pedem a participação do visitante para "desvendar" manobras gráficas da produção de Escher, que tanto instigam a visão e a mente humanas, um documentário realizado pela TV holandesa e uma animação em 3D, com sessões a cada 30 minutos, em que o público "sobrevoa" as obras do artista.

Os trabalhos de Escher são um dos mais reproduzidos no planeta no século 20, de gravatas e camisetas, a tapetes artesanais dos Andes e à alta costura, através do inglês Alexander McQueen [1969-2010], na coleção de outono 2009. Suas gravuras instigantes têm formas entrecruzadas, criaturas em transformação e arquiteturas impossíveis para desafiar a percepção do espectador da realidade. As composições, sofisticadamente construídas, combinam realismo acurado com a exploração fantástica de padrões, perspectivas e espaço.

Centro Cultural Banco do Brasil, Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Rio de Janeiro 
F: 3808-2020
3ª a dom., das 9h às 21h. Grátis. 
Até 27 de março. 


Vestido da coleção de McQueen inspirada em Escher 






Maiores informações: Centro Cultural Banco do Brasil


Fonte: jb.com e Wikipédia


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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Concurso Cartaz Instituto Vladimir Herzog

Estão abertas as inscrições para o Concurso de Cartazes para o 33o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e para o 3o Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão. No link a seguir o regulamento e ficha de inscrição. Formulário de inscrição


Vladimir Herzog

Os vencedores recebem:
  • R$ 500,00 (quinhentos reais);
  • Impressão de 500 cartazes com a arte vencedora para serem usados na divulgação do 33o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos e do 3o Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão.
  • Utilização da arte vencedora no site Prêmio Vladimir Herzog pelo Período de 1 (um) ano;
  • Certificado a ser entregue durante a cerimônia do 33o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos a ser realizada no dia 25 de outubro de 2011 no Teatro Tuca.

O prazo do presente concurso tem início no dia 01 de janeiro de 2011 e término no dia 31 de março de 2011.


http://www.vladimirherzog.org/


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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Origem das cores

Pigmentos naturais, tais como ocres e óxidos de ferro têm sido utilizados como corantes, desde os tempos pré-históricos. Arqueólogos descobriram evidências de que os primeiros humanos costumavam pintar para fins estéticos, decorando o próprio corpo. Rudimentares pigmentos de tintas e equipamento para trituração, foram encontrados em cavernas as margens do Rio Twin, na Zâmbia e acredita-se que tenham entre 350.000 e 400.000 anos.

Antes da Revolução Industrial, a gama de cores disponíveis para a arte e uso decorativo era tecnicamente limitada. A maioria dos pigmentos utilizados era derivado da terra, de alguns minerais ou de origem biológica. Pigmentos a partir de fontes incomuns, tais como materiais botânicos, resíduos animais, insetos e moluscos foram colhidos e comercializadas em longas distâncias. Algumas cores foram onerosas ou impossíveis de se misturar com a gama de pigmentos que estavam disponíveis. Como exemplo, o azul e o roxo passaram a ser associados a realeza por causa da dificuldade e custo em se conseguir estas cores.



Caramujo da espécie Murex brandaris
Caramujo da espécie Murex brandaris

Pigmentos biológicos eram muitas vezes difíceis de adquirir, e os detalhes de sua produção foram mantidos em segredo pelos fabricantes durante muitos anos. Tyrian Purple (conhecido também como Royal Purple) era um pigmento conseguido a partir do muco de uma uma espécies de caramujo, o Murex brandaris. A produção de Tyrian Purple para uso como tintura de tecido começou em 1200 a.C, pelos Fenícios, e foi continuada pelos Gregos e Romanos até 1453 d.C, com a queda de Constantinopla. O pigmento era caro e complexo para produzir, e itens coloridos com ele tornaram-se associados com o poder e a riqueza.


Gema de Lapis-Lazuli

Gema de Lapis-Lazuli



Pigmentos minerais também foram negociados a longas distâncias. A única maneira de alcançar um rico azul profundo era usando uma pedra semi-preciosa, lapis-lazuli, para produzir um pigmento conhecido como ultramarino, e as melhores fontes de lapis lazuli eram remotas e distantes.

O pintor flamenco Jan Van Eyck, trabalhando no século 15, não incluia normalmente o azul em suas pinturas. Pintar um retrato com o azul ultramarino era considerado um grande luxo. Se o cliente que encomendava a obra queria azul, era obrigado a pagar extra. Quando Van Eyck usada lapis-lazuli, nunca misturava com outras cores. Ao contrário, ele aplicava a sua forma pura, quase como um esmalte decorativo. O preço proibitivo de lápis-lazuli forçava os artistas a procurarem pigmentos que pudesse substituir e fossem menos caros, tanto mineral ( azurita , smalt ) ou biológicos (índigo ).

Os Espanhóis, com a conquista de terras no Novo Mundo no século 16, introduziram novos pigmentos e cores para os povos de ambos os lados do Atlântico. Carmin, um corante e pigmento derivado de um inseto parasita encontrado na América Central e América do Sul , alcançou status de grande valor na Europa. Produzido a partir de insetos Cochonilha, secos e triturados, o carmim poderia ser utilizado na tintura de tecidos, pintura corporal, ou em forma sólida, para quase todos os tipos de tintas e cosméticos .



Milagre do Escravo, de Tintoretto (1518-1594). Uso do Carmin para representar cores dramáticas.
Milagre do Escravo, de Tintoretto (1518-1594). Uso do Carmin para representar cores dramáticas.

Os nativos do Peru já conheciam como produzir o carmim a partir da Cochonilha, como corante para tecidos, pelo menos desde 700 d.C, mas os europeus nunca tinham visto a cor antes. Quando os espanhóis invadiram o Império Asteca no que é hoje o México, eles foram rápidos em explorar a cor para novas oportunidades comerciais. Carmin se tornou a segunda mais valiosa mercadoria da região, próxima à exportação de prata. Pigmentos produzidos a partir do inseto Cochonilha, como exemplo, serviram para colorir os tecidos das vestes de cardeais católicos e os uniformes dos soldados ingleses, as "Casacas Vermelhas". A verdadeira fonte do pigmento, um inseto, foi mantida em segredo até o século 18, quando os biólogos a descobriram.

Enquanto o Carmin foi muito popular na Europa, manteve-se a cor azul exclusivamente associada à riqueza e status. No século 17, o mestre holandês Johannes Vermeer, muitas vezes fez uso abundante de lápis-lazúli , juntamente com Carmin e Amarelo indiano , em suas pinturas vibrantes, destinadas a decorar os mais luxuosos palácios.

Ficheiro:Vermeer - The Milkmaid.jpg
A leiteira, Johannes Vermeer (1632-1675)

Outras cores importantes:

Amarelo Indiano: extrato orgânico preparado originalmente na área de Bengal na Índia derivado da urina de vacas alimentadas exclusivamente de folhas de mangueira. Era vendida em extrato seco no formato de bolas com aparência externa marrom mas com interior de cor amarelo-limão brilhante. Hoje, essa prática é proibida por lei, e o que vemos hoje é um substituto sintético com qualidade e dirabilidade similar.

Indigo: Tinta azul de uso conhecido como tintura no Egito antigo, e muito mais tarde usado com pigmento usado para pintar escudos de guerra dos soldados romanos. Mencionado em registros históricos datando do século 13 em transações comerciais da européia com o Oriente (um dos produtos de importação mais valorizados da época eram pigmentos). Utilizado na pintura italiana pré-renascentista, tendo sido amplamente utilizada durante e após a renascença. No Oriente, indigo era cultivado em toda a Índia e na China e utilizado principalmente para tingimento de tecidos e também na pintura de painéis na China e na Ásia Central.

O indigo é extraído da planta "Indigofera" amplamente plantada na Índia e comercializada pelos europeus desde o séc. 14. É um dos únicos azuis derivados de plantas, sendo que quase todos os pigmentos azuis derivam de metais ou pedras.

Verdigris: O nome é uma contração de "vert de grèce", verde grego. Cor antiga, com preparo registrado pelos romanos. A cor se forma em chapas de cobre expostas aos vapores de folhas de parreira fermentadas, ou lacradas em barris sobre vinagre. Depois da oxidação das placas de cobre, raspa-se o substrato e assim é obtido o pigmento puro. Cor amplamente usado em iluminarias medievais, mas devido à sua natureza metálica instável, pode se tornar marrom escuro com a exposição à luz natural, ou pode "comer" o papel onde foi colocada, deixando buracos em diversos manuscritos medievais.

Tyrian Purple: Um dos mais importantes e mais caros pigmentos naturais da antiguidade. Era preparado com tintas de vários moluscos incluindo murex brandaris e purpura haemostoma encontrados na costa do Mediterrâneo e do Atlântico e nas Ilhas Britânicas. Quantidades enormes destes moluscos eram usados para tingir tecidos e ainda são encontradas pilhas das cascas dos moluscos em alguns sítios históricos na costa grega. A secreção do molusco está contida dentro de uma pequena veia ou cisto que, quando quebrada ou partida pela mão, secreta um fluido branco. Os tecidos são bahnados neste fluido branco e postos a secar ao sol que "revela" a tintura púrpura brilhante . Os diferentes tons dependem do tipo de molusco e o tipo de exração do fluido branco.

Segundo Plínio, o melhor pigmento era extraído na Tíria, e era a cor utilizada nas vestes reais romanas, cor que até os dias hoje simboliza realeza. Esta cor parou definitivamente de ser usada e extraída segundo as técnicas antigas no século 7.

Sepia: secreção preta ou marrom-escura tirada da bolsa de tinta de polvos ou lulas.

Laca Indiana: Tintura vermelha orgânica natural derivada de uma secreção resinosa da larva do inseto Coccus lacca que vive em certas árvores da espécie Croton ficus na Índia, Birmânia e outros países do Oriente. Também utilizada como verniz quando processada de forma alternativa, produzindo o popular "shellac", verniz de uso muito popular na pintura a óleo.

Pau-Brasil: A tintura pau-brasil na Idade Média vinha do Ceilão e já tinha esse nome muito antes do portugueses descrobrirem a terra que mais tarde seria chamada de Brasil. A espécie de pau-brasil chamada Pernambuco, que vinha da Jamaica, tinha o dobro da quantidade de tinta do que outras espécies. O extrato do pigmento é obtido com o cozimento das lascas de madeira em água fervente e através da concentração do pigmento no vácuo. O PAu-Brasil foi amplamente usado na Idade média para todos os fins, desde iluminuras de manuscritos a vestuário mas foi substituída por cores sintéticas mais brilhantes ainda no século 17.


Fonte: Sellerink, Book of Hours

Até mais!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bonequinhos Viajantes

Organizado pelos artistas gráficos Marcelo Martinez e Romero Cavalcanti, o projeto Bonequinhos Viajantes reúne pequenos originais de mais de 80 craques da arte ilustrada brasileira em uma divertida exposição.

Com técnicas e estilos diversos, estes ilustradores, quadrinistas, cartunistas, designers gráficos, artistas plásticos, animadores e grafiteiros formam um painel contemporâneo e variado de nossas artes visuais, com representantes dos quatro cantos do país.

Cada artista fez ainda um pequeno registro fotográfico de sua criação, que você vê neste site. De forma despretensiosa, estes instantâneos digitais falam um pouco sobre nosso tempo e modos de vida nesta virada de primeira década do século XXI. Aonde você mora? Do que você gosta? Como é a sua casa, seu estúdio, sua mesa de trabalho?

Descubra com os Bonequinhos.
Boa viagem!

Centro Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho do Flamengo
Praia do Flamengo, 158 - Flamengo
Rio de Janeiro - RJ

Terça a sábado, das 10h às 20h
Domingos, das 10h às 18h 

Entrada gratuita.
Infos (21) 2205-0655 • 2205-0276



Fonte: site do evento.

Bonequinhos Viajantes



Até mais!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Renascimento

O post de hoje sobre História da Arte será um pouquinho mais extenso, pois vamos estudar uma época extremamente importante para a arte, o RENASCIMENTO (1.300)

Detalhe Capela Sistina
O mundo acordou!

Renascimento foi uma redescoberta da arte, foi a arte mais próxima da vida, a passagem do interesse pelo sobrenatural para o natural, foi uma balança entre TRADIÇÃO E INOVAÇÃO.

Da Vinci, Dama com Arminho
Jan Van Eyck, Casamento


Podemos dizer que a curiosidade foi a maior aliada do renascimento.
O homem buscava por conhecimento!

O estudo da anatomia por exemplo, que era proibido, permitiu que os artistas evoluíssem sua visão sobre o corpo humano, aprimorando assim suas técnicas. Era tudo HARMONIA E PROPORÇÃO.


Homem Vitruviano, ótimo exemplo da imagem do "homem" no renascimento.
Perfeição e beleza ideal.

    
Estudos de Da Vinci

Durante esse período a exploração de novos continentes e a pesquisa científica inspirou o homem. Ele se tornou confiante em si, ao mesmo tempo que a Reforma Protestante diminuía o domínio da igreja.
O resultado foi a troca da imagem de um Deus soberano, pelo estudo do ser humano.



Reparem como a imagem de Jesus se perde entre os personagens coadjuvantes da obra de Veronese
 

QUATRO POR QUATRO

Quatro "novos" estilos de pintura marcaram a renascença:

1. Óleo sobre tela: Antes as pinturas eram feitas em painéis de madeira e afrescos, agora telas esticadas em armações de madeira eram a base das pinturas dos renascentistas.



2. Perspectiva: A ilusão de profundidade numa superfície plana já não era novidade, mas o renascimento aprimorou essa técnica.






3. Luz e Sombra: Chiaroscuro, ou claro/escuro é uma  técnica que define os contrastes trazendo as partes mais claras para "cima" criando um efeito de relevo escultural.




4. Configuração em pirâmide: Os quadros tinham um agrupamento de figuras do primeiro plano em horizontal, o que deixava o resultado final chapado. Com a balança em pirâmide, o quadro ficava com um efeito tridimensional e simétrico, ficando assim mais harmonioso.




QUEM ERA QUEM

A partir de agora, a identidade dos pintores e escultores vai ficando cada vez mais importante na arte, eles começam a definir seus estilos e traços de forma que suas obras sejam referência em cada período.

Botticelli: Tinha um estilo decorativo linear, suas donzelas flutuantes lembram a arte bizantina e seus nus sintetizavam a renascença em linhas ondulantes, e corpos pálidos e macios.



Leonardo Da Vinci: Mestre da renascença italiana, "Leo" foi um gênio de talentos múltiplos, era pintor, matemático, historiador, engenheiro, médico, artesão e também alpinista! Morreu aos 75 anos, em seu leito de morte disse: "Ofendi a Deus e a humanidade por não ter feito minha arte como devia"...além de tudo era modesto




Santa Ceia

Michelangelo: Descoberto pelo príncipe Lorenzo de Médici aos 15 anos, esse pobre menino com um talento glorioso se tornou "o divino" da renascença. Acreditava que a criatividade era a inspiração divina.


 Foi pintor e arquiteto mas para ele a "primeira arte" era a escultura. Foi um artista solitário, se recusava a ensinar aprendizes, e não gostava que o observassem trabalhando. Quando lhe reprovavam por não se casar ou ter filhos ele dizia "Tenho uma esposa muito exigente, que é minha arte, e meus filhos são minhas obras."

Capela Sistina

Pietá
Moisés
Ao terminar esta estátua Moisés, Michelangelo ficou tão impressionado com a beleza e perfeição da obra que bateu com seu martelo na estátua e gritou:"Parla!" ("fala" em português)



Rafael: Dos três figurões da renascença ( Da Vinci, Michelangelo, e Rafael), Rafael era o mais popular, ele era adorado por todos! Era rico, bonito, e bem-sucedido fazia um sucesso tremendo com a mulherada. Sua arte define a Alta Renascença, suas pinturas traziam todas as qualidades do renascimento, foi o principal artista da corte papal. Rafael morreu jovem, aos 37 anos vítima de febre






Ticiano: Dominou o mundo da arte por 60 anos, usava cores fortes como meio expressivo. Suas telas eram primeiramente pintadas de vermelho e depois eram pintados o fundo e e as figuras em mais de 40 camadas que tornavam as obras muito convincentes, podendo distinguir texturas de panos, pele e cabelo.




A  modelo de "Vênus de Urbino" não era exatamente a bela jovem acima.
 Ticiano não gostava de pintar mulheres velhas, porém quando recebeu a encomenda do Duque de Urbino para pintar sua esposa, ele não teve escolha. Para nãoperder a encomenda nem a moral, o pintor foi a um bordel e usou o modelo do corpo de uma das jovens, depois pintou a cabeça da duquesa. O duque, é claro,adorou a obra! 







CURIOSIDADES!
Se te perguntassem qual foi a obra de arte mais comentadamais admiradamais notável e de maior impacto no mundo da pintura, qual você responderia?

Como bom artista que é, sua resposta foi: Mona Lisa, é claro!



 Mona Lisa, Leonardo Da Vinci 1503
Óleo sobre madeira, 77 x 53 cm
Louvre, Paris

Ela decorou o quarto de Napoleão (até ser levada para o Louvre em 1804), provocou engarrafamento em Nova York quando 1,6 milhões de pessoas foram vê-la em uma exposição de sete semanas, apressou os japoneses ao ser exposta em Tóquio onde cada visitante tinha 10 segundos para observar o quadro. 


Ela é poderosa!

A Mona Lisa e seu enigmático sorriso foi inspirada em uma modelo viva, Lisa Gherargini, terceira esposa  de um rico mercador florentino, Francesco del Giocondo19 anos mais velho. Francesco encomendou um retrato de sua mulher para pendurá-lo na sala de jantar. Lisa começou a posar em 1503


Leonardo passouquatro anos trabalhando nele e mesmo assim não chegou a concluí-lo como desejava, acontece que o maridão de Lisa ficou impaciente com a demora e proibiu a mulher de continuar posando e nem pagou pela obra!

Mais tarde o rei francês Francisco I comprou o quadro por 15,3 quilos de ouro, para decorar seu banheiro.

Outras opniões:

- Alguns estudiosos dizem que Mona Lisa poderia ser Constanza d'Avalos, amante de Giuliano de Médici.

- O historiador Maike Vogt-Lüerssen, sugeriu, após ter pesquisado o assunto por 17 anos, que a mulher por trás do sorriso famoso é Isabel de AragãoDuquesa de Milão, para quem Leonardo da Vinci trabalhou como pintor da corte durante 11 anos.

- Já a cientista Lillian Schwartz, afirma que Mona Lisa é na verdade um auto-retrato de Leonardo, porém, vestido de mulher! Esta teoria baseia-se no estudo daanálise digital das características faciais do rosto de Leonardo e os traços do modelo.

- Outros dizem que Leonardo também pintou um quadro de Mona Lisa nua, porém o quadro e os esboços nunca foram encontrados.

Divulgação


O sorriso...

Milhares de historiados de arte e críticos já tentaram desvendar o que este sorriso quer dizer. É restrito, sedutor, conservador, tímido, inocente, convidativo, triste, devasso, é intrigante!

Um crítico de arte em 1568, escreveu: "Enquanto pintava o retrato dela, Leonardo contratou pessoas que tocavam e cantavam para manterem-na alegre, eliminando aquela ponta de melancolia que o ar de posar acarreta".

Mona na Moda

Vocês não sentem falta de nada no rosto de Mona Lisa? Ela não tem sobrancelhas! Não, Leonardo não esqueceu de pintá-las, e a moça também não tinha calvice nessa área, era moda na renascensa raspar as sobrancelhas.

Quase imperceptível o véu preto que Mona Lisa usa na cabeça, era em acessório que mulheres grávidas ou que acabavam de dar a luz usavam na época.

Ficheiro:MonaLisa sfumato.jpeg

Mona Lisa, onde está você?

No dia 21 de agosto de 1911, o museu do Louvre estava fechado para limpezaVicenzo Peruggia, um empregado, pegou a famosa tela de Da Vinci, tirou sua moldura e tomou a direção da rua. 


Durante dois anos ela ficou escondida no fundo falso de um baú do apartamento de Peruggia. Quando o caso parecia esquecido, o espertinho tentou vender a obra ao governo italiano por 95 mil dólares. As autoridades italianas o prenderam e devolveram a pintura aos franceses

No seu julgamento, Peruggia afirmou que seu ato foi por patriotismo, queria ver o quadro de volta ao país de seu criador.

Levou 1 ano e 15 dias de cadeia.

Em 1963 Mona Lisa foi avaliada em 100 milhões de dólares.





No próximo post de História da Arte...faremos uma "reuniãozinha" ao estilo barroco para discutir a ARTE BARROCA!

Salão de banquetes, palácio Real de Madri.



Até lá!

Fonte: Guia dos curiosos, Marcelo Duarte; Arte Comentada, Carol  Strickland; Wikipédia.